Incrível como a adoração pode nos levar a níveis extremos! Fico pensando que se houver um deus da comida, ele vai estar muito satisfeito com tantos fiéis em romaria ao seu produto.
Acredito num processo de conscientização para se obter uma vida saudável, até porque, comida é o alimento que nos fornece energia para que permaneçamos vivos e trabalhando (no sentido de atividade física e exercícios físicos também). Portanto, deve-se ou deveríamos pensar no que é nutritivo, energético para o momento e com certeza prazeroso também.
E é aí que está a adoração à comida.
Quando o prazer sobressai a necessidade nutricional do corpo para uma vida saudável e funcional, temos em nossa realidade (no mundo) um escape, um canal de busca por algo que proporcione bem estar instantâneo mesmo que em seguida surja um arrependimento, frustração e até mesmo depressão por ter ingerido aquela "coisa" comestível de tanto desejo.
Um estudo sobre a nossa espécie humana (homo sapiens de Yuval Noah Harari) afirma que temos em nossa genética, entranhada desde 30 mil anos atrás, a necessidade de comer o máximo que puder, pois não se sabia quando haveria outra refeição novamente, naquela época a comida não era fácil não. Tinha que caçar e colher. Ou seja, tinha que trabalhar e esperar para adquirir/conquistar o alimento. Esse é um argumento do autor para explicar os ataques compulsivos por comida dos tempos atuais.
E hoje em dia, o quanto você tem que suar para chegar na porta da geladeira ou na lanchonete favorita ou na sorveteria predileta para abocanhar o que vai lhe encher de prazer?
E sem contar com os aplicativos de Delivery, onde mal levantamos do sofá para nos deleitar de prazer. Tem gente que chama isso de merecimento, eu trabalho muito, mereço e posso comer o que quiser.
Na minha opinião: mais uma fonte frustrante de prazer.
Coma para ser feliz e não para ser frustrado(a).
Por hoje é só,
Até a próxima!
Um comentário:
Boa!
Axé, camarada.
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