terça-feira, 1 de novembro de 2011

Obesidade Infantil e Depressão - PARTE II








Dando continuidade à matéria anterior, retornarei ao assunto para comentar e demonstrar alguns trabalhos relacionados a obesidade infantil e sua relação com sintomas de depressão e outros transtornos psicológicos (TP).

Assuntos como este, vem chamando a atenção de pesquisadores como Carvalho & Oliveira (2000) que discutem: como a influência de transtornos psicológicos como depressão, ansiedade e dificuldade nas relações sociais podem contribuir no processo de aumento de peso; demonstrando que a relação entre obesidade e transtornos psicológico estão interligadas.

Outros estudos têm demonstrado que crianças obesas apresentam grande risco para desenvolver problemas psicológicos e de saúde (Carpenter, Hasin e Allison, 2000). Percebe-se que há uma relação entre TP e obesidade, como também, obesidade e TP.



A interferência dos sintomas depressivos em crianças obesas podem ser prejudiciais em seu rendimento escolar e nas relações familiar e sociais (Fu I e Colaboradores, 2000). Para Andriola e Cavacante (1999), quanto mais problemas de comportamento a criança apresentar maior será as chances de desenvolver a depressão.

Em um estudo realizado por Csabi, Tenyi e Molmar (2000) comparando um grupo de 30 crianças obesas e outro grupo de mesma quantidade de crianças não obesas, alcançou-se um resultado com uma maior proporção de sintomas depressivos nas crianças obesas em comparação com as de peso normal, foi utilizado para coleta de dados uma Escala de Classificação para Depressão Infantil, segundo os autores.

O sintoma em comum para desencadear a depressão é a ansiedade. Para Andrade e Gorenstein (1998) a ansiedade está relacionada com estado emocional de componentes psicológicos (auto-estima) e fisiológicos, podendo tornar-se patológico quando em excesso e sem uma situação real ameaçadora que a desencadeie.

A baixa auto-estima gera ansiedade, medo, depressão, fobias e uma séries de outros problemas. A auto-estima tem muita importância por ser a capacidade que uma pessoa tem em confiar em si própria, de se sentir capaz de enfrentar os desafios da vida, é expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidade e desejos, é ter amor-próprio (Alli e colaboradores, 2007).

O período da infância é onde a criança precisa receber base de convivência social e de auto-estima bem estabelecida para entrar nas próximas fases da vida melhor estruturada (Alli e colaboradores, 2007).

Ainda não existe consenso na literatura científica com relação a depressão e obesidade. Alguns estudos indicam que há riscos elevados de depressão para crianças obesas e outros afirmam que a obesidade diminui o riscos para o desenvolvimento de depressão.

Ao analisar a literatura disponível sobre esse tema, os cientistas encontraram uma relação entre obesidade infantil e aspectos psicológicos como: depressão, ansiedade e déficit de competência social. Provocando uma demanda de estudos para quantificar e qualificar os casos potencialmente patológicos.

A minha preocupação está em que nível de comprometimento com os próprios filhos, os pais dessas crianças se encontram. Será que basta apenas ter uma boa escola, estudar uma língua estrangeira ou dar brinquedos importados, eletrônicos, viagens e etc. e tal?

Na minha opinião, essa não é a presença dos pais que as crianças precisam, ou seja, a presença material. É necessário sim, ter presença emocional, onde esta deverá transmitir aos filhos confiança, respeito ao próximo e aos mais velhos, carinho, sinceridade, e vários outros valores que formam um cidadão de bem, equilibrado e preparado para a sociedade atual. Resumindo: AMOR! AS CRIANÇAS DE HOJE PRECISAM DE MAIS AMOR, independente da classe social.

Até a próxima!