quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cefaleia do Esforço





Uma enfermidade com um teor, no mínimo curioso: a cefaleia do esforço. Manisfesta-se apenas no esforço físico tanto exercícios físicos como também no ato sexual. Isso mesmo! Muitas pessoas sentem uma dor de cabeça enorme nos momentos orgásmicos. Porém, irei restringir o assunto somente no esforço dos exercícios físicos para não ficar muito extenso.




Um estudo bem elucidativo, datado de 2004 e publicado numa revista especializada em Neurologia, poderá ajudar muitas pessoas que ainda não sabem a origem de suas dores de cabeça.

As pesquisas iniciais sobre essa enfermidade datam da década de 1930, no qual foram denominados cefaleia benigna da tosse. Em outra época, cefaleia benigna do esforço, esta documentada na década de 1968.

Mesmo sabendo que a fisiopatologia das cefaleias não é completamente conhecida, sabe-se que o mecanismo primário é a manobra de valsalva, esforço de expiração forçada contra a glote fechada (Queiroz, 2004).

Em um esforço equivalente à manobra de valsalva como riso, exercícios, tosse ou coito, é produzido um aumento na pressão intratorácica que logo de imediato causa um aumento na pressão intracraniana, consequentemente gerando a dor (Queiroz, 2004).

Características da cefaleia primária do esforço físico:
  • tipo 1 - precipitada por esforço físico como levantar pesos, nadar e correr.
  • tipo 2 - precipitada por esforço físico brusco e breve como espirrar, tossir, abaixar-se, fazer força para defecar.
Segundo Pascual e colaboradores (1996), citados por Queiroz (2004), a figura abaixo, demonstra claras diferenças entre os dois tipos.




Há predominância das cefaleias de esforço no sexo masculino na proporção 4:1.

Tratamento (irei descrever apenas o tratamento não-farmacológico):

  • parar os exercícios físicos (caso haja lesão orgânica, até esta ser excluída);
  • parar exercícios de aquecimento e/ou exercícios de intensidade crescente;
  • controle da pressão arterial;
  • redução do peso (se houver sobrepeso ou obesidade);
  • cirurgia (se houver lesões expansivas intracranianas);
Caso você se identifique com esses sintomas, procure um médico especialista no assunto para o diagnóstico preciso.

Apesar das recomendações de não fazer esforço físico, o tratamento adequado permitirá o retorno a um estilo de vida saudável e mais ativo, para isso é necessário ser orientado por um Profissional de Educação Física.

Até a próxima!